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COMPORTAMENTO

Motoristas de aplicativos protagonizam

assédio e desrespeito a mulheres na região

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Produzido pela Editoria do VOX - 17/03/2021, às 09h32min

Embora seja um serviço amplamente aprovado pela população teofilotonense, os carros de transporte de passageiros por aplicativo têm protagonizado uma situação bastante desconfortável. Mesmo em um tempo em que as mulheres advogam um dado grau de protagonismo, elas seguem (sobretudo as mais jovens) sendo vítimas de maus hábitos comportamentais. O fato é que começam a surgir, aqui e ali, bochichos de que credenciados ao aplicativo assediam sem meias palavras as suas passageiras. Ainda que um grande estardalhaço não tenha ressonado na Imprensa ou no departamento de Polícia, esses registros têm gerado desconfiança junto a pais de famílias que reagem negativamente e começam a querer que suas filhas evitem, sempre que possível, o serviço.

Motorista do Garupa com quem o VOX conversou (e que pediu para não ser identificado) disse que “denúncias pela metade não ajudam em nada”. Para A.M.S., de 38 anos, nascido em Teófilo Otoni, quando uma denúncia não é completamente levada a cabo, o ônus da situação respinga em todos os trabalhadores do setor. “Todos pagamos um pedacinho de uma conta que não contraímos”, acrescentou ele. Por isso, ele pede às mulheres que, ao se sentirem desrespeitadas por um motorista de aplicativo, ofereçam denúncia contra o motorista em questão, evitando, assim, que toda a classe pague injustamente. “Em todos os setores da vida existem os bons e os maus. Não denunciar aqueles que escolhem ter esse comportamento é penalizar toda a classe”, completou A.M.S.

Ainda que parte da sociedade queira atribuir um certo grau de normalidade a essa situação, as mulheres, em disparada maioria, posicionam-se até raivosamente contra a atitude de homens que, trabalhando como motoristas de aplicativo, “acham que estão no direito de avançar com conversinhas de mau-gosto”.

Pelo WhatsApp, o VOX conversou aleatoriamente com 10 mulheres, com idade variando entre 18 e 35 anos. 9 das 10 acharam a situação absurda, “repugnante”. Apenas uma, das dez entrevistadas, simplificou a questão dizendo “que esse comportamento masculino faz parte da vida”. E 6, entre as 10, diriam ter coragem, sim, de levar o caso à Polícia.

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